Criado em 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo do país. De lá para cá, sempre foi referência de crítica e propagação da sétima arte. Idealizado por Paulo Emílio Salles Gomes, crítico de cinema, o evento que nasceu no início da Ditadura Militar, sempre teve caráter contestatório, o que levou a sua proibição durante os anos de 1972 a 1974.
Uma constelação de artistas já passou no tapete vermelho do Cine Brasília, entre eles, Fernanda Montenegro, Grande Otelo e Arnaldo Jabor. Todos premiados na primeira edição do evento. Entre as marcas registradas do Festival, estão a fidelidade à produção nacional, o espaço dado aos novos nomes e seu público extremamente crítico. Para os cineastas, o Festival de Brasília funciona como um termômetro, se o público daqui gostar, é sucesso garantido.
Em sua 41ª edição, o público estimado para o festival é o maior de todos os tempos - 70 mil pessoas. Na programação, espaço para todos. Nesse ano, com uma característica diferente, cinco documentários em 35mm concorrendo ao prêmio de melhor produção na mostra competitiva.
A acessibilidade aos deficientes visuais e auditivos também é um novo marco do FBCB. Para assegurar um direito igualitário à cultura, os filmes foram legendados e os deficientes visuais contam com um sistema de audiodescrição. Além disso, pela primeira vez, os cegos escolherão o filme que mais gostaram. O vencedor levará o prêmio Vagalume, produzido pelo grupo Artes Táteis, formado por deficientes visuais.
O Festival não está restrito ao Plano Piloto. Na praça do Centro Cultural Itapuã no Gama, a população acompanha os filmes do Distrito Federal exibidos na mostra 16 mm.
Porém, mais que um grande propagar cultural, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é um dos grandes pontos de encontro da população da capital. Durante os seis dias de mostra competitiva, pessoas de todas as tribos e idades passam pelo festival, principalmente, no Cine Brasília, onde ocorre a mostra competitiva.
Fonte: Fest Brasília